Produção e proteção ambiental podem andar juntas

“Há ampla margem para melhorar a proteção dos recursos naturais e aumentar a produção agropecuária no Brasil”. A conclusão é de um estudo divulgado em dezembro pela Iniciativa de Política Climática (CPI, na sigla em inglês). A instituição, criada nos Estados Unidos e com atuação no Brasil, China, Europa, Índia e Indonésia, reúne especialistas com o objetivo de propor melhorias em políticas de energia e de uso do solo, com foco nas finanças.

O estudo, com o título de Produção e Proteção: Importantes Desafios para o Brasil, avalia a produção agrícola, as tendências de uso da terra e as políticas que administram as áreas rurais brasileiras. E reforça que é possível conciliar a produção com a conservação florestal, e ainda por cima aumentar nossas colheitas.

O documento sugere que, do ponto de vista de proteção, “o País se beneficiaria com o desenvolvimento de mecanismos que aumentassem significativamente o custo de derrubar a vegetação nativa e com a criação de incentivos que promovessem práticas sustentáveis”.

Do ponto de vista da produção agrícola, a estratégia é aumentar a produtividade na mesma quantidade de terras cultivadas. O que quer dizer diminuir as perdas com a falta de infraestrutura de armazenamento e transporte e incentivar o uso de tecnologia, entre outros fatores.

PONTO PARA A AVIAÇÃO

Justamente o emprego de tecnologia tem sido uma tecla batida há tempos pelo setor aeroagrícola, como um dos principais argumentos de sua importância para a própria preservação ambiental. Embora não citada no estudo da CPI, que tratou de maneira abrangente o tema, a importância do avião está na redução das perdas por amassamento, redução da necessidade de defensivos, além da precisão e eficiência nas aplicações.

Essa contribuição tecnológica deve se aprimorar ainda mais, tendo em vista ações como o convênio Sindag/Embrapa, para o maior experimento até hoje realizado no Brasil sobre tecnologia para aplicação aérea de defensivos (que teve sua largada em novembro). Ou o programa de Certificação Aeroagrícola Sustentável (CAS), que envolve três universidades brasileiras, o Sindag e a Aprosoja e teve sua largada em dezembro.

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